Tratamento Cirúrgico da Doença de Parkinson com Estimulação Cerebral Profunda (DBS)
A Doença de Parkinson é uma condição neurológica progressiva que compromete o controle motor, impactando diretamente a autonomia e a qualidade de vida dos pacientes. Embora o tratamento medicamentoso ofereça benefícios iniciais, muitos indivíduos evoluem com flutuações motoras, discinesias e limitações funcionais.
O que é a Estimulação Cerebral Profunda?
A Estimulação Cerebral Profunda, também conhecida como DBS (do inglês Deep Brain Stimulation), é uma técnica cirúrgica moderna e minimamente invasiva. Consiste na implantação de eletrodos em regiões específicas do cérebro, como o núcleo subtalâmico (STN) ou o globo pálido interno (GPi), com o objetivo de modular a atividade elétrica cerebral e controlar sintomas motores refratários ao tratamento clínico.
Os eletrodos são conectados a um gerador de pulsos implantado sob a pele do tórax, permitindo ajustes personalizados após a cirurgia, conforme a resposta clínica de cada paciente.
Indicações e critérios para DBS
A Estimulação Cerebral Profunda é indicada principalmente para pacientes com Parkinson em estágio moderado a avançado que:
- Apresentam resposta parcial ou flutuações significativas com o uso de levodopa;
- Têm discinesias graves ou tremores de difícil controle;
- Experimentam efeitos adversos intoleráveis aos medicamentos;
- Possuem cognição preservada e estão em bom estado clínico geral.
A decisão é tomada por equipe especializada após avaliação criteriosa e exames complementares específicos.
Principais benefícios da DBS
- Redução dos tremores, da rigidez e da lentidão dos movimentos;
- Melhora da estabilidade motora e das atividades diárias;
- Diminuição da necessidade de medicamentos antiparkinsonianos;
- Ajuste programável e reversível, com resposta personalizada;
- Melhora global da qualidade de vida e da independência funcional.
Como é feita a cirurgia?
O procedimento cirúrgico é realizado em etapas. Inicialmente, os eletrodos são posicionados com precisão, muitas vezes com o paciente acordado, permitindo testes intraoperatórios. Em seguida, o gerador é implantado sob a pele na região torácica, já com o paciente sob anestesia geral. A ativação do sistema e os ajustes ocorrem nas semanas seguintes à cirurgia.
Recuperação e cuidados pós-operatórios
Após a cirurgia, o acompanhamento contínuo com neurologista especializado é essencial para o ajuste dos parâmetros do estimulador. Sessões de fisioterapia e suporte multidisciplinar complementam o processo de reabilitação e contribuem para a eficácia do tratamento.
Conclusão
A Estimulação Cerebral Profunda é uma das estratégias mais eficazes para controle motor em pacientes com Doença de Parkinson refratária ao tratamento clínico. Quando indicada corretamente e realizada por equipe especializada, oferece melhora funcional significativa, segurança e previsibilidade nos resultados.
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